É um facto consensual que a instalação hidráulica residencial é das partes mais importantes do projeto duma casa. Afinal, é responsável por comandar todo o abastecimento de água da residência e, sendo assim, até mesmo o menor dos erros pode tornar-se um grave problema no futuro. Por isso, todo cuidado é pouco no momento de realizar as instalações. Contar com mão de obra especializada e investir em materiais de qualidade são dois dos requisitos básicos para garantir um projeto hidráulico bem-sucedido. No entanto, há ainda uma série de fatores que precisa de saber sobre este assunto. Por exemplo:
Que profissionais deve contratar?
Que tipo de material é o mais indicado para a sua obra?
Como evitar fugas e vazamentos?
Como fazer a manutenção futura do sistema?
Mais abaixo encontrará as respostas para estas perguntas de forma a garantir uma instalação hidráulica segura e correta para a sua casa.
Tudo começa com a caixa de água, que é a primeira coisa a considerar na estruturação do sistema hidráulico duma residência. A caixa deve ser instalada no ponto mais alto da casa, a fim de evitar problemas no abastecimento das diversas divisões. Caso a arquitetura do projeto não permita a instalação no ponto mais alto, tenha em atenção que a distância mínima da caixa d’água em relação ao chuveiro deve ser de, pelo menos 1,20m, garantindo assim a pressão suficiente.
A partir daí, é necessário fazer as conexões da caixa para que a tubulação conduza a água do hidrómetro até ao reservatório. Na saída da água, instalam-se a bóia e o registo, além doutra saída para limpeza.
Muitas instalações utilizam uma única saída de água, mas é possível fazer duas ou até mesmo três ligações conforme o padrão da residência — uma apenas para o autoclismo e outra para o chuveiro, por exemplo. Tudo depende das funcionalidades que pretende no seu projeto hidráulico.
Antes de começar a execução da obra, é obrigatório fazer o planeamento do projeto.
Imagine a dor de cabeça e o prejuízo financeiro que teria ao fazer toda a instalação hidráulica residencial e depois perceber que a posição das peças sanitárias não ficou da forma que queria. Pois é! Por isso, para evitar ter de refazer completamente a instalação, é fundamental ter um mapeamento exato de todas as ligações hidráulicas do sistema.
Esse mapeamento (de função análoga à planta arquitetónica) denomina-se planta hidráulica. Ela deve ser planeada por um profissional habilitado para desempenhar o serviço de forma correta, segura e funcional.
Esse profissional analisará o perfil da residência e, a partir daí, definirá onde deverão ser instalados os canos de entrada de água na casa até à saída para as devidas funcionalidades: autoclismos, torneiras, chuveiros, cozinha, etc.
Como dito anteriormente, o projeto hidráulico da residência fica registado na planta hidráulica, que deverá mostrar o mapeamento de todo o conjunto das ramificações da canalização e os respetivos lugares por onde os canos passam, com os tamanhos delimitados e outros detalhes pertinentes.
O principal ponto de uma planta hidráulica é a demarcação da saída de água da caixa ou então da que vem diretamente da rua. Essa saída precisa de estar acima de toda a canalização, favorecendo assim a pressão para que a água chegue sem problemas a todos os pontos da casa.
Passada a fase do planeamento da planta hidráulica, é então altura de executar a obra. Nesse momento, entra em cena o canalizador. A função deste profissional engloba basicamente dois aspetos principais: um é passar os canos, deixando os pontos de abertura no chão e na parede. Depois o canalizador interrompe o serviço para que o pedreiro instale alguns acabamentos — como pisos e azulejos — ou até que o pintor entre em ação. Feito o acabamento, então o canalizador volta para instalar as louças sanitárias, torneiras, misturadoras, entre outras peças necessárias ao projeto em causa.
É imprescindível respeitar esta fase do acabamento para só então instalar as louças. Caso contrário, correrá sério risco dos pedreiros ou pintores estragarem as peças durante a pintura ou a colocação dos pisos e dos azulejos. E também ficaria muito difícil trabalhar nos acabamentos caso as louças sanitárias já tivessem sido instaladas, não acha?
Não há como escapar: todas as instalações residenciais necessitam de manutenções regulares.
Com o projeto hidráulico, não seria diferente. Neste caso, o tempo médio de manutenção do sistema costuma variar entre 10 e 15 anos. Quanto mais antiga for a instalação, maior a probabilidade dela necessitar de reparações.
Para evitar transtornos e gastos maiores, são recomendadas manutenções periódicas anuais — vistoria, pequenas reparações, troca de componentes, correção de fugas, etc. O objetivo é identificar eventuais falhas que possam representar problemas mais graves no futuro. É destas manutenções que falaremos em seguida.
Como o próprio nome indica, a manutenção preventiva é realizada mesmo quando não há danos aparentes no projeto. Ela serve justamente para investigar possíveis falhas no sistema hidráulico e corrigi-las antes que se agravem.
As manutenções preventivas servem para localizar e reparar todo e qualquer problema que não possa ser negligenciado numa instalação, sob o risco de causar acidentes. Por isso, o ideal é que seja realizada com frequência anual.
Esse tipo de manutenção tem sido cada vez mais solicitado e está relacionado com projetos de automação residencial. Trata-se dum conjunto de ações que controlam as instalações da residência através de ferramentas tecnológicas, a fim de prever prováveis erros no sistema. Assim, assegura-se o rendimento máximo da instalação e o grau mínimo de ocorrência de falhas.
O serviço de manutenção corretiva consiste em realizar consertos ou reparações dos componentes que se desgastaram pela ação do tempo. Este tipo de manutenção também poderá ser necessário caso ocorra algum imprevisto que possa ter comprometido algum componente do sistema hidráulico.
A escolha dos materiais para a instalação hidráulica residencial requer alguma atenção e critérios específicos. Para ter uma ideia, cada parte do projeto hidráulico precisa de uma canalização diferente: o chuveiro pede um tipo de cano específico, enquanto a sanita pede outro, assim como o lava-loiças da cozinha e por aí adiante. Por isso, é necessário estar atento no momento da compra. Além disso, a qualidade de cada material também deve ser tida em conta, pensando no custo-benefício das instalações. Afinal, de nada adianta comprar materiais de qualidade inferior e sofrer com fugas depois, não concorda?
Quanto ao tamanho exato dos canos, considere um sistema básico de planta hidráulica residencial: serão necessários dois canos de tamanhos diferentes — um para as sanitas com descarga e outro para todo o restante da casa. Na terminação de cada cano, deverá ser instalado um redutor para torneiras. Nas principais saídas do sistema hidráulico, instala-se um registo intermediário, que tem por função auxiliar na manutenção das instalações. Por exemplo, na troca da borracha da torneira ou nas reparações da válvula do autoclismo.
Este ponto merece ainda mais atenção porque a sua função é crucial para o bom funcionamento do sistema hidráulico. Podemos dizer que a tubulação é o coração do projeto hidráulico, dado que direciona todo o abastecimento da residência. Ou seja: não basta saber que canos necessita comprar. É imprescindível que tenham a qualidade suficiente para não causar danos futuros às instalações.
Portanto, aconselhamos não só a comprar peças de marcas reconhecidas no mercado, mas também a contratar profissionais especializados para realizar a instalação. Com estes cuidados básicos garante a funcionalidade ideal do sistema e uma vida útil considerável para o seu projeto hidráulico.
Mais uma vez, o padrão do material falará mais alto. Portanto, antes de comprar todas as torneiras para a sua casa — cozinha, casas de banho, lavandaria, etc, saiba que é muito importante selecionar peças de qualidade, pois isso irá impactar diretamente na durabilidade e estabilidade da sua instalação hidráulica. Além disso, para ter certeza de que a funcionalidade das torneiras não será comprometida, alguns aspetos devem ser considerados. Uma torneira ideal tem de ter boa resistência à pressão, deve fechar com facilidade e ter um fluxo de água adequado conforme à sua função.
Engenheiros e canalizadores são os dois profissionais que deve considerar no momento de contratar a mão de obra para o seu projeto. Normalmente, o engenheiro responsável pela obra é quem desenha e gere a planta hidráulica. O canalizador, por sua vez, é quem “coloca a mão na massa”, intercalando a sua atividade com os serviços de acabamentos realizados pelos pedreiros, como salientamos anteriormente.
Salientamos mais uma vez que é imprescindível que estes profissionais sejam devidamente competentes e habilitados para desempenhar a função com qualidade e segurança quer em reformas quer em nova construção. Também poderá solicitar uma vistoria sanitária no momento de finalização da sua obra. Assim que a instalações hidráulicas da sua casa estiverem finalizadas, pode entrar em contacto com a empresa responsável pelo abastecimento de água na sua cidade e solicitar uma vistoria geral. Peça, por exemplo, para verificarem a existência de eventuais fugas na rede externa próxima à sua residência e se os registos estão funcionando corretamente, bem como analisar se a pressão e o fluxo da água são ideais. Desta forma, caso encontrem alguma falha, ainda haverá tempo para a corrigir antes da conclusão da obra. No entanto, mesmo com a obra finalizada, poderão surgir imprevistos como fugas e infiltrações ou outros problemas típicos relacionados com a manutenção do sistema hidráulico. Caso isso aconteça, você deverá recorrer a um canalizador profissional, indicado para solucionar a questão de forma rápida, prática e eficiente.
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